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Jornada Bíblica - Gênesis 29: Comentário Auxiliar

Texto Bíblico: Gênesis 29

Comentário auxiliar:
O texto de hoje narra a chagada de Jacó à terra do Oriente. Diferente do mensageiro de Abraão enviado quase 100 anos antes, Jacó havia viajado apenas com a roupa do corpo e provisões para a viagem. O primeiro encontro com Raquel ocorreu à beira de uma cisterna de água, no entanto, havia uma pedra cobrindo a cisterna. O que poderia parecer algo ruim, foi o que deu a Jacó a oportunidade de se apresentar a Raquel. Quando ouviu dos pastores que Raquel estava vindo com suas ovelhas para dar água ao rebanho, imediatamente tomou a atitude de rolar a pedra mostrando-se prestativo e cortês. Ser cristão envolve muito mais do que conhecimento bíblico ou uma fé apenas racional. A fé cristã deve ser traduzida em atitudes práticas de amor e serviço em favor do próximo.

A reação de Jacó ao encontrr Raquel mostra um homem emotivo e sensibilizado pelas circunstâncias. A reação de Raquel, por outro lado, foi prática. Ela agiu imediatamente e foi até sua família comunicar a presença de Jacó. Pouco tempo depois de chagar Jacó já havia mostrado seu valor. Seu trabalho foi reconhecido como digno de pagamento. Apesar de não possuir riquezas, Jacó foi capaz de pagar o dote pela mão de sua amada com seus serviços. Este costume tinha o objetivo de demonstrar que o homem era capaz de manter a sua família e também evitar casamentos precipitados apenas por impulso. Casamento é algo sério e a questão financeira ocupa um papel importante na vida conjugal.

Depois de prestar sete anos de serviço Jacó foi enganado. O enganador foi enganado! O nome Jacó (יעקב) no hebraico pode significar calcanhar, mas também, em referência à curva do calcanhar, pode significar algo torto. Esaú, quando foi enganado, disse: "Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou?"(Gn 27:36). O significado do seu nome havia sido relacionado no texto com um desvio de caráter. Agora, enganado por seu sogro, se viu vítima de seus próprios métodos no passado e se surpreendeu quando foi vítima. assim perguntou: "porque o Senhor me enganou?" Gn 29:25. O que mostra que ele sabia que enganar era errado.

Após descobrir que foi enganado, reivindicou o acordo que havia feito com Labão, e este lhe entregou também a Raquel pelo trabalho de mais sete anos. Uma semana depois, Jacó estava casado com as duas irmãs. Era notório o seu amor por Raquel e seu tratamento inferior com relação à Lia. No entanto, ao ver que Lia era preterida, Deus a fez fecunda, “ao passo que Raquel era estéril” (v 31). E, a cada filho que lhe nascia, Lia nutria a esperança de Jacó amá-la mais do que à sua irmã. O capítulo termina com um casamento bígamo e suas consequências. Não é intenção de Deus que um homem ou uma mulher se relacione com dois parceiros visto que um deles, certamente, será desprezado em relação ao outro. O casamento foi criado por Deus com o objetivo de estabelecer um relacionamento estável em todos os sentidos. O apoio mútuo deve ser físico, emocional e espiritual. Ninguém deve viver disputando ou mendigando atenção e amor. Pense sobre quantas coisas podem ser motivo de competição em uma relação conjugal. Mesmo quando o casamento é monogâmico, ainda precisamos cuidar com carinho da relação. O texto mostra que Deus interferiu pessoalmente na relação. Ore para que Deus interfira e mostre onde você pode melhorar em seus relacionamentos.

Leia os comentários dos capítulos anteriores clicando aqui


Esboço da leitura:

1. Jacó chegou a Padã-Arã e encontrou Raquel, filha de Labão. Ele se apaixonou por ela e trabalhou sete anos para se casar com ela.  
2. Depois de trabalhar sete anos, Labão enganou a Jacó, casando-o com Lia ao invés de Raquel, sua amada.  
3. Jacó se casou também com Raquel e trabalhou por mais sete anos por amor a ela. Jacó amava mais a Raquel, e Deus abençoou a Lia com filhos.  
Pontos para reflexão:
a. Jacó estava acostumado a enganar, mas acabou sendo enganado. Que lição podemos tirar deste fato?  
b. Jacó amava mais a Raquel do que a Lia (verso 30). A bigamia e a poligamia eram práticas comuns naquela época, mas como uma relação assim poderia ser feliz?  
c. Deus jamais aprovou a poligamia. O ideal para Deus sempre foi o casamento monogâmico e heterossexual. Por que Deus suportou esta prática entre Seu povo? (Leia 2 Pedro 3:9)