Texto Bíblico: Levítico 16
Neste capítulo, lemos sobre o dia mais importante para a comunidade de Israel. O יום כיפור (Yom Kippur) - Dia do Perdão - acontecia no décimo dia do sétimo mês, o mês "tishrei" do calendário hebraico. Durante todo o ano, o pecado era transferido do pecador para o cordeiro e do cordeiro para o santuário, através do sangue aspergido e da carne consumida pelos sacerdotes. Sendo assim, o santuário ficava contaminado. O Yom Kippur era o dia da purificação final, quando o pecado era totalmente removido.
Este era o único dia do ano em que o sumo sacerdote (apenas ele) recebia autorização para entrar no Lugar Santíssimo (o último compartimento do santuário) para comparecer na presença de Deus (Lv 16:2). Antes de entrar, no entanto, o sumo sacerdote deveria apresentar a oferta de um carneiro e um novilho, pedindo perdão pelo seu próprio pecado e por sua casa (Lv 16:3, 6). Em seguida, deveria se despir das suas vestes luxuosas, banhar-se e vestir-se com uma roupa simples, totalmente confeccionada em linho (Lv 16:4). Eles também deveriam apresentar as ofertas requeridas para pedir perdão por toda a congregação. Então, depois que todos estavam purificados dos seus pecados, dava-se início à cerimônia.
O primeiro passo seria a separação de dois bodes. Os animais eram colocados na presença do Senhor, onde era feito um sorteio para que fossem separados. A sorte caía sobre os bodes: "uma para o Senhor e a outra para Azazel" (Lv 16:8). O nome Azazel aparece uma única vez na Bíblia. Por esse motivo, fica difícil determinar seu verdadeiro significado. O teólogo presbiteriano Albert Barnes escreveu: "Azazel é o nome pré-mosaico de um mal pessoal, sendo colocado em oposição a Jeová". Na tradição judaica, alguns acreditam que o nome é oriundo da junção das palavras "ez" (bode) e "azal" (ir embora). Seja como for, havia uma diferença entre os dois bodes, visto que eles deveriam ser separados por sorteio. Se ambos representassem Jesus, como alguns sugerem, não haveria necessidade de sorteio.
Depois de separados os bodes, o sumo sacerdote deveria criar uma espessa nuvem de fumaça com incenso, que cobriria a Arca da Aliança. Somente assim ele poderia entrar no Lugar Santíssimo. Em seguida, os sacrifícios eram apresentados e o bode para o Senhor era morto. Seu sangue, começando do interior do santuário até o altar de sacrifício, cobriria todos os locais onde havia sido aspergido o sangue das vítimas sacrificiais durante todo o ano. Feito isso, encerrava-se o ritual da expiação.
Depois de terminado o ritual da expiação, traziam o bode emissário ao sacerdote (Lv 16:20). O bode vivo recebia, simbolicamente, todos os pecados do povo do ano inteiro através da imposição de mãos do sumo sacerdote. Em seguida, ele era enviado para o deserto. Todos os sacrifícios feitos naquele dia deveriam ser levados para fora e queimados. Nenhum vestígio do pecado permaneceria no santuário após esse evento. Este era um dia sagrado. Não importava o dia da semana em que essa data caísse, esse dia era declarado um sábado (Lv 16:31). Nenhuma ocupação deveria distraí-los. Eles deveriam ter consciência da solenidade dos eventos aqui descritos, porque este era um dia de juízo.
É sempre bom relembrar que todos os ritos do santuário representavam o ministério de Jesus no santuário celestial. Segundo o livro de Daniel, no versículo 14 do capítulo 8, o dia da expiação celestial deveria começar em outubro de 1844. Sendo assim, vivemos essa solene data desde então. O santuário de Deus é o local do perdão. Os livros contendo o registro dos nossos atos estão sendo abertos, e cada pessoa estará passando pelo julgamento de Deus. O sangue do inocente Filho de Deus, que tira o pecado do mundo, está sendo usado para apagar todos os pecados confessados. É isso que significa aceitar o sacrifício de Jesus. Salvos e perdoados, logo estaremos na presença do Senhor por toda a eternidade.
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Porquanto nesse dia se fará propiciação por vocês, para purificá-los. Então, perante o Senhor, vocês estarão puros de todos os seus pecados. (Lv 16:30)Comentário auxiliar:
Neste capítulo, lemos sobre o dia mais importante para a comunidade de Israel. O יום כיפור (Yom Kippur) - Dia do Perdão - acontecia no décimo dia do sétimo mês, o mês "tishrei" do calendário hebraico. Durante todo o ano, o pecado era transferido do pecador para o cordeiro e do cordeiro para o santuário, através do sangue aspergido e da carne consumida pelos sacerdotes. Sendo assim, o santuário ficava contaminado. O Yom Kippur era o dia da purificação final, quando o pecado era totalmente removido.
Este era o único dia do ano em que o sumo sacerdote (apenas ele) recebia autorização para entrar no Lugar Santíssimo (o último compartimento do santuário) para comparecer na presença de Deus (Lv 16:2). Antes de entrar, no entanto, o sumo sacerdote deveria apresentar a oferta de um carneiro e um novilho, pedindo perdão pelo seu próprio pecado e por sua casa (Lv 16:3, 6). Em seguida, deveria se despir das suas vestes luxuosas, banhar-se e vestir-se com uma roupa simples, totalmente confeccionada em linho (Lv 16:4). Eles também deveriam apresentar as ofertas requeridas para pedir perdão por toda a congregação. Então, depois que todos estavam purificados dos seus pecados, dava-se início à cerimônia.
O primeiro passo seria a separação de dois bodes. Os animais eram colocados na presença do Senhor, onde era feito um sorteio para que fossem separados. A sorte caía sobre os bodes: "uma para o Senhor e a outra para Azazel" (Lv 16:8). O nome Azazel aparece uma única vez na Bíblia. Por esse motivo, fica difícil determinar seu verdadeiro significado. O teólogo presbiteriano Albert Barnes escreveu: "Azazel é o nome pré-mosaico de um mal pessoal, sendo colocado em oposição a Jeová". Na tradição judaica, alguns acreditam que o nome é oriundo da junção das palavras "ez" (bode) e "azal" (ir embora). Seja como for, havia uma diferença entre os dois bodes, visto que eles deveriam ser separados por sorteio. Se ambos representassem Jesus, como alguns sugerem, não haveria necessidade de sorteio.
Depois de separados os bodes, o sumo sacerdote deveria criar uma espessa nuvem de fumaça com incenso, que cobriria a Arca da Aliança. Somente assim ele poderia entrar no Lugar Santíssimo. Em seguida, os sacrifícios eram apresentados e o bode para o Senhor era morto. Seu sangue, começando do interior do santuário até o altar de sacrifício, cobriria todos os locais onde havia sido aspergido o sangue das vítimas sacrificiais durante todo o ano. Feito isso, encerrava-se o ritual da expiação.
Depois de terminado o ritual da expiação, traziam o bode emissário ao sacerdote (Lv 16:20). O bode vivo recebia, simbolicamente, todos os pecados do povo do ano inteiro através da imposição de mãos do sumo sacerdote. Em seguida, ele era enviado para o deserto. Todos os sacrifícios feitos naquele dia deveriam ser levados para fora e queimados. Nenhum vestígio do pecado permaneceria no santuário após esse evento. Este era um dia sagrado. Não importava o dia da semana em que essa data caísse, esse dia era declarado um sábado (Lv 16:31). Nenhuma ocupação deveria distraí-los. Eles deveriam ter consciência da solenidade dos eventos aqui descritos, porque este era um dia de juízo.
É sempre bom relembrar que todos os ritos do santuário representavam o ministério de Jesus no santuário celestial. Segundo o livro de Daniel, no versículo 14 do capítulo 8, o dia da expiação celestial deveria começar em outubro de 1844. Sendo assim, vivemos essa solene data desde então. O santuário de Deus é o local do perdão. Os livros contendo o registro dos nossos atos estão sendo abertos, e cada pessoa estará passando pelo julgamento de Deus. O sangue do inocente Filho de Deus, que tira o pecado do mundo, está sendo usado para apagar todos os pecados confessados. É isso que significa aceitar o sacrifício de Jesus. Salvos e perdoados, logo estaremos na presença do Senhor por toda a eternidade.
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