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Jornada Bíblica - Levíticos 18: Comentário Auxiliar

Texto Bíblico: Levítico 18
Não se contaminem com nenhuma dessas coisas, porque assim se contaminaram as nações que vou expulsar da presença de vocês. (Lv 18:24)
Comentário auxiliar:
Neste capítulo aprendemos sobre algumas práticas comuns no mundo antigo que poderiam nos deixar estarrecidos. O capítulo começa dizendo claramente que os israelitas deveriam se abster das práticas dos egípcios, de onde eles haviam saído, e também dos moradores de Canaã, para onde eles estavam indo. Este fato nos mostra que as práticas aqui descritas eram comuns em ambas as culturas.

A listagem das práticas cometidas por tais nações começa com as relações sexuais ilícitas. Elas envolvem todo tipo de práticas sexuais ilícitas como incesto, zoofilia, adultério, homossexualidade e etc. Não temos registros históricos detalhados sobre a comunidade canaanita, mas sabemos que todas estas práticas sexuais eram comuns no Egito. Aliás, o casamento entre parentes próximos como irmãos e pais com filhos era visto pelos nobres como uma forma de purificar a raça. Eles se consideravam descendentes dos deuses e, portanto, não deveriam se casar com pessoas comuns do povo. Talvez essa ideia tenha sido a mãe do racismo.

A prática mais chocante descrita neste capítulo, no entanto, vem das descobertas arqueológicas relacionadas aos canaanitas. A ordem de Deus foi: "Não entregue os seus filhos para serem sacrificados a Moloque" (Lv 18:21). O sacrifício de crianças era uma prática relativamente comum e, por si só, é algo terrível. O rei Manassés, segundo parece, foi adepto desta prática e sacrificou seus filhos a Moloque (2Cr 33.6; v. 2Rs 23.10). No entanto, a forma como era feito conforme descoberto mais tarde em escavações arqueológicas era horrenda.

Segundo alguns historiadores, o sacrifício ocorria diante de uma estátua de metal com as mãos estendidas. Ela era aquecida por uma fogueira acessa em seu ventre até ficar encandeceste. Quando estava aquecida os adoradores tocavam tambores enquanto os pais colocavam seus filhos recém nascidos nas mãos da estátua ainda vivos. A cena macabra se repetiu por séculos como mostra a arqueologia.



Por causa destas práticas, Deus precisou destruir aquelas nações (Lv 18:28). No entanto, o relato bíblico diz que o rei Manassés, que também esteve envolvido em tais práticas, se arrependeu e Deus o perdoou (2 Cr 33:12-20). Este relato nos mostra que não há limites para a graça de Deus. Ele pode salvar o mais terrível dos pecadores quando este se arrepende. O rei Manassés não só foi perdoado como entrou na genealogia de Jesus (Mt 1:10). Se alguém assim pode fazer parte da família de Jesus, nós também podemos. Se nos arrependemos e aceitamos a salvação, somos considerados filhos de Deus. "Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo"(Rm 8:17).

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