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Jornada Bíblica - Deuteronômio 5: Comentário Auxiliar

Texto Bíblico: Deuteronômio 5

Quem dera eles tivessem sempre no coração esta disposição para temer-me e para obedecer a todos os meus mandamentos. Assim tudo iria bem com eles e com seus descendentes para sempre! (Dt 5:29)


Comentário auxiliar:

Neste capítulo lemos a repetição dos mandamentos proferidos por Deus no monte Sinai. Dois aspectos recebem destaque especial. O primeiro Moisés ressalta com as seguintes palavras: "Não foi com os nossos antepassados que o Senhor fez essa aliança, mas conosco, com todos nós que aqui hoje estamos vivos" (Dt 5:3). Os homens e mulheres que ouviram a Lei no monte não estavam mais vivos, mas o profeta lembra que a aliança de Jeová não foi feita com pessoas mortas. As palavras do Eterno foram registradas em pedra e permaneciam entre eles como símbolo da eternidade das promessas do Senhor. Aquela geração, que estava tomando posse das promessas recebidas por Abraão, mas não deveriam pensar que o Senhor falou apenas aos seus pais. Jesus disse: "vocês não leram o que Deus lhes disse: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’? Ele não é Deus de mortos, mas de vivos" (Mt 22:31,32).



O segundo aspecto fundamental foi que a Lei não havia mudado. Disse Moisés: "Essas foram as palavras que o Senhor falou a toda a assembleia de vocês, em alta voz, no monte, do meio do fogo, da nuvem e da densa escuridão; e nada mais acrescentou. Então as escreveu em duas tábuas de pedra e as deu a mim" (Dt 5:22). Era importante destacar que as pessoas eram diferentes os tempos eram outros, mas os mandamentos do Senhor eram os mesmos. "A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre" (Is 40:8).



Tem algo que merece destaque especial nesta releitura dos mandamentos. É o fato de que, ao recitar o quarto mandamento, o que faz referência ao descanso sabático, Moisés destaca um ponto que não havia sido dito na primeira vez. Em Êxodo 20 dos versos 8 a 11 o profeta registra que o sábado deveria ser observado como dia santo porque Deus criou todas as coisas em seis dias e ao sétimo descansou. Desta vez, no entanto, é dito que observância da ordem de descansar e dar descanso aos servos estava ligada ao fato de que eles foram escravos no Egito, mas o Senhor os libertou. As duas coisas estão intimamente ligadas. Se nos lembramos que Deus é o criador de tudo e de todos, devemos nos lembrar de que temos os mesmos direitos ninguém deve oprimir ao outro.



Com este capítulo aprendemos sobre a eternidade e sobre a imutabilidade da Lei do Senhor. Também aprendemos que os ensinos contidos no mandamentos são relevantes a diferentes gerações. A palavra de Deus não muda, mas tem o poder de se manter renovada e relevante em todas as épocas.



Como o mandamentos do sábado poderia ser relevante hoje? De alguma forma temos sido escravizados pelo consumismo e pelo excesso de tarefas? O que Deus nos diria hoje sobre a importância do descanso no sábado?




Leia os comentários de outros capítulos clicando aqui.




Esboço da Leitura: 
1. Moisés repetiu os Dez Mandamentos dados por Deus no Monte Sinai.  
2. Ele enfatizou a importância de obedecer a esses mandamentos como expressão de amor e lealdade a Deus.  
3. Moisés lembrou como o povo ficou amedrontado ao ouvir a voz do Senhor e das promessas da aliança feitas a Deus naquele dia.  
Pontos para reflexão:  
a. Ao repetir os mandamentos, Moisés lembrou que Deus registrou aquelas palavras em pedra. É importante saber que as palavras registradas são do próprio Deus? Será que toda a Bíblia também é a palavra de Deus? (Leia 2 Timóteo 3:16, 17)  
b. Ao repetir o mandamento do sábado, Moisés pediu que eles fossem misericordiosos ao entrar na nova terra, lembrando que também haviam sido escravos no Egito. É importante lembrar das nossas próprias dores para sermos misericordiosos com outras pessoas?  
c. Moisés lembrou ao povo que nenhum dos deuses das nações falava pessoalmente ao seu povo como o Senhor. Nós temos um privilégio ainda maior em Jesus, que, sendo Deus, Se tornou carne e habitou entre nós (Jo 1:14)?